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Guia para Gestores de Escolas

O desafio de incluir o livro na rotina dos universitários

Editoras se reúnem com especialistas para debater o hábito de leitura em ambientes acadêmicos

Na última quarta-feira (15), representantes de diversas editoras se reuniram na Escola do Livro para debater sobre o perfil de leitura dos jovens universitários brasileiros.“Quando ingressamos em algum ambiente universitário, encontramos estudantes com tablets, ultrabooks, notebooks e celulares. Raramente vemos livros”, coloca a diretora da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Susanna Florissi. “Será que o objeto ‘livro’ está em desuso no ambiente acadêmico ou é, cada vez mais, utilizado em conjunto com outros suportes?”, indaga.

O grande desafio das empresas voltadas para este público passou a ser a busca por um modelo de trabalho que atraísse os estudantes. “A discussão foi produtiva. Ainda estamos longe de resolver o problema, mas conseguimos clarear os caminhos e entender melhor por onde devemos caminhar”, afirma um dos participantes do workshop, o publisher Eduardo Blücher, da Editora Blucher.

“Hoje em dia, a leitura é feita de forma muito rápida. Precisa-se agregar conhecimento com agilidade e os universitários têm feito uso de recursos audiovisuais para atingir seus objetivos”, pontua Elaine Nunes, da Cortez Editora. “Estamos investindo nos book trailers, pequenos vídeos que fazem uma prévia de cada obra, além de aumentar nosso repertório de livros digitais”, indica.

De acordo com o palestrante Gil Giardelli, as diferentes plataformas garantem que estudantes tenham cada vez mais acesso à cultura. “Diz-se que alguns meios  são ruins, que não constituem o melhor conteúdo para o jovem. No entanto, independentemente do formato ou do conteúdo, são portas de entrada para o mundo da leitura e abrem o caminho para o conhecimento”, coloca.

Para o Gerente de Inovação e Novas Mídias da Editora FTD, Fernando Fonseca, a reunião é uma excelente forma para verificar as formas de interpretação dos editores sobre os novos sistemas de leitura em meios digitais. “Livros sempre foram parte central das metodologias de ensino desde a criação da impressão. Escolas e editores construíram um sistema sólido para a aprendizagem e a evolução da cultura. Nos últimos 30 anos, esse edifício começou a ser alterado e caminhamos para um sistema de leitura em que o livro (em papel ou digital) passa a compor um repertório de novas estratégias rumo ao conhecimento”, elucida. “Os universitários de hoje são os primeiros hominídeos dessa nova era”, conclui.

O próximo workshop sobre o tema será realizado dia 10 de junho e a discussão dará enfoque às três visões sobre o livro digital na educação: do editor, do professor e do aluno.

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