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Guia para Gestores de Escolas

Como saber se o Diretor está fazendo um bom trabalho?

Após o meu artigo falando sobre “COMO SER UM BOM COORDENADOR?” recebi vários e-mails de educadores perguntando como ser um bom diretor e ou como saber que está tendo ou sendo um bom diretor. A situação de muitos diretores é complicada, tendo em vista que em alguns municípios e estados o cargo é eletivo pela comunidade ou pelos próprios profissionais da Educação, mas apenas em São Paulo o cargo é efetivo e em ambas as visões há falhas no processo.

Quando o cargo é eletivo pelos próprios funcionários, o perigo é muito maior para não se ter uma boa qualidade de Educação, pois ninguém agrada a todos e isso já se torna falho, tendo em vista que se o diretor entrar com firmeza, como tem de ser o cargo, na próxima eleição não se tem a comprovação da continuação. Além disso, em muitas cidades o profissional não pode concorrer mais de duas eleições, voltando para o seu cargo efetivo ao término e daí vem às perguntas – Como levar o profissional de volta para a sala, tendo em vista que ele já adquiriu experiência ao cargo? Vai “treinar” outra pessoa? Vai começar tudo do zero novamente? Mas como não podemos atingir, por enquanto, as medidas tomadas pelos secretários educacionais, para este caso específico, abaixo seguem medidas que o diretor pode e deve tomar e o profissional que está ali precisa entender isso.

1º O diretor, ao ser empossado, precisa fazer uma reunião com funcionários operacionais para mostrar a sua importância, ouvi-los e mostrar a visão educacional que se pretende adotar. Em muitas regiões já vi que quando o diretor é eletivo, os funcionários não o respeitam, passando por cima de várias medidas que precisam ser seguidas como o horário da merenda, por exemplo, mas para o profissional continuar no cargo, ele não detém. E assim a escola “desanda”.

2º O diretor deve entender que não é porque é passageiro, não fará a sua parte – O profissional ao cargo deve chamar para si a responsabilidade de uma qualidade educacional. Para isso, necessita ter uma boa parceria com o coordenador e deixar “nas mãos” dele o lado pedagógico. Intervir quando for pedido e acompanhar o desenvolvimento da sua escola.

Essas duas medidas são extremamente importantes para uma boa administração escolar. Claro que ali não citei as funções já do cargo, mas são dicas para movimentar a escola para o caminho ideal e possível.

Quando o cargo é efetivo, tem se outra situação. Já fui professor em diversas instituições, onde pude comparar e fazer um Raio-X dos profissionais que estão ao cargo. Há diretores que não se preocupam muito, deixando a cargo dos vice-diretores e da coordenação à própria escola. Vi diretor que estava prestes a se aposentar e não tinha uma frequência regular na instituição, deixando “a Deus dará”. Assim, a escola começa a ter “vários diretores” e um vai querer mandar mais que o outro, levando o caos na indisciplina, transformando professores em rivais e enterrando, aos poucos, o sucesso educacional.

O diretor precisa entender que ele é o último da cadeira dentro da instituição e que precisa colocar metas para mostrar aos profissionais que o trabalho feito no ano está fazendo efeito. Em todas as empresas, o diretor precisa conduzir com muita seriedade seus funcionários, metas, desempenhos e organização. Com o escolar as tarefas não são diferentes, e o mesmo precisa apresentar a melhora educacional para todos os envolvidos na área, como pais, alunos e equipe escolar.

Para saber se a escola tem um bom diretor, há algumas maneiras de se descobrir. Vejam algumas:

– Para os pais:

Se eles quiserem saber se o seu filho está em uma escola que tem um bom diretor é só prestarem atenção nos seguintes aspectos:

1 – Ao entrar na escola para falar com alguém específico, o pai precisa saber se ele terá dificuldades para entrar. Isto é, um funcionário de prontidão para atendê-lo e só deixá-lo caminhar no prédio quando for realmente identificado. Não é loucura isso. Assim só nos mostrarão que seus filhos estão seguros e que não é qualquer um que pode chegar perto deles dentro da instituição.

2 – Se o diretor presta contas tanto em dinheiro quanto em desenvolvimento educacional para eles.  Já foi o tempo que o boletim era a única forma de mostrar o desenvolvimento. Quando se diz o caminho que a escola está tomando, o próprio pai ajuda a instituição com o seu filho. É comprovado. Já vi pais, ao transferirem seus filhos e verificarem muitas ações diferentes na escola dispararem para seus filhos “Aqui é outra escola! O sistema é diferente. Não trate de mudar para você ver!”.

3 – Se a escola é limpa. A escola pode estar caindo aos pedaços, mas a limpeza é essencial para o pai ter certeza de que o prédio só está assim por causa dos governantes, pois a direção está fazendo a sua parte. Já vi cada escola suja! E acreditem, quando a escola está suja, não se tem direção. Mostra-se uma escola jogada e sem rumo.

Para os professores:

Os profissionais precisam entender que não é só porque o diretor é eletivo ou efetivo ou ausente que tudo ficará jogado. Claro que precisamos de alguém que nos defendam e que nos mostrem qual o rumo que estamos tomando, então, não podemos fazer uma “guerra” quando se é chamado atenção. E todos precisam saber a sua real função, para que isso não aconteça.

Para o professor, o bom diretor é:

1 – O que acompanha a indisciplina e o ajuda a diminui-la em sala.

2 – Mostrar para a equipe escolar o bom desempenho e valorizar os seus trabalhos realizados.

3 – Conversar habitualmente com a equipe para averiguar se a escola está conseguindo seguir os rumos certos, já que o coordenador que fica totalmente nesta parte, mas o diretor precisa acompanhar.

4 – Deixar claro para a equipe o que considera como um bom professor.

5 – Atender as sugestões e reclamações da equipe.

6 – Saber o desenvolvimento profissional de cada membro da equipe escolar. Valorizando-o por isso.

Para o supervisor:

Os supervisores atendem como um bom diretor quando:

1 – Chegam à escola e todos sabem onde está a equipe escolar;

2 – Verificam o horário afixado dos gestores no mural informativo da escola;

3 – Quando os consultam para um projeto inovador;

4 – Quando verificam a escola limpa e os funcionários fazendo as suas funções. Querem ver a escola na ativa.

5 – Identificam projetos interdisciplinares, envolvendo vários espaços da escola como salas de informáticas e bibliotecas.

Portanto, a escola é o reflexo da direção. Se o diretor é rude, mal informado e ausente, a equipe escolar tem os mesmos adjetivos. Levando a um ambiente sem rumo, sem integração e com muita indisciplina. Já tive diretores assim e acredite, eu saí da escola. Se o diretor é participativo, chama a responsabilidade para todos. Sabem do seu objetivo ou onde querem chegar, a equipe escolar tem mais concisão nas atitudes e há pouca indisciplina. Além de um ambiente mais integrado e organizado.

Em meu livro, DIÁRIO DE UM PROFESSOR, eu coloco exemplos de dois tipos de diretores, onde já tive o prazer e o desprazer de trabalhar. Precisamos de consciência, antes de tudo, para que tenhamos um bom caminho pela frente. Diretor tem de ser participativo, auditivo, visionário, gerenciador, mediador e, por fim, integrador.

miniatura-alex-de-frança Alex de França Aleluia é formado em Letras. Escritor de obras sobre Educação, as quais já foram elogiadas por especialistas na área. Foi coordenador pedagógico de franquias de multidisciplinaridades. Já trabalhou como Coordenador do Programa Escola da Família. Trabalhou em cursinhos e Faculdades. Hoje faz palestras voltadas à motivação educacional. Capacitação para professores e articulistas de portais voltados à Educação. É membro da Academia de Letras do Brasil. Acesse seu site: www.professoralexdefranca.wordpress.com Facebook: Prof. E Escritor Alex de França Aleluia Twitter: @escritoralexf

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