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Guia para Gestores de Escolas

Dica: Planejamento Mobiliário

Por Rafael Pinheiro

A estrutura física escolar é um pilar fundamental quando refletimos sobre aspectos na gestão, no cotidiano social da instituição, na metodologia pedagógica e, também, no que tange aos graus de aprendizagem. Os espaços, disposições e particularidades devem coincidir e impactar (em pontos significativos) a segurança, o bem-estar e a saúde de todos e todas que frequentam a escola diariamente.

Gilmar Godoi, especialista em educação, acredita que a arquitetura educacional é um tema cada dia mais relevante no processo de aprendizagem do educando. Assim, é extremamente importante que os ambientes envolvidos no processo sejam planejados adequadamente.

“Especificamente, o mobiliário deve levar em conta desde a matéria prima para a sua confecção, evitando produtos que sejam danosos ao meio ambiente. Os móveis devem ser resistentes, leves, ergonômicos, agrupáveis e capazes de proporcionar conforto laboral ao educador e ao educando. O planejamento deve contemplar a questão da temporalidade, indicando uma periodicidade de 4 a 5 anos para a reposição do mobiliário, visto que o desgaste pelo uso contínuo é acentuado”, completa Gilmar.

Assim, particularidades técnicas e normas específicas, devem ser observadas e averiguadas no processo de pesquisa e aquisição do mobiliário escolar. Dentre os principais critérios, o especialista cita a NBR14006 da ABNT (dimensionais para mesas e cadeiras) e a NBR 14006 que trata das questões relativas a recomendações ergonômicas (postura) e antropométricas (dimensões) desse tipo de mobiliário, prevendo um total de sete padrões ou classes dimensionais para a mesa e cadeira escolar.

Entretanto, respeitar apenas as normas não é suficiente. Thiago Gomes de Lima, neuropsicólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) de Engenharia do Trabalho e Ergonomia, indica que muitos pesquisadores apontam que em diversos países como Dinamarca, França e Suíça mostraram que 60% dos estudantes, entre 15 e 16 anos, que utilizaram móveis escolares baseados na norma, queixavam-se de dores nas costas e no pescoço.

“Sendo assim, durante a elaboração do projeto, deve-se considerar as normas, e também, as atividades desenvolvidas pelos estudantes, que determinarão as características necessárias às carteiras escolares. Além das carteiras, durante o projeto do posto escolar, deve-se considerar também aspectos ambientais, como posicionamento do quadro branco ou negro; ambiente físico; iluminação; ruídos; temperatura, ventilação; e uso das cores que influenciam no conforto físico e psicológico”, completa Thiago. (RP)

 

Saiba mais:

Thiago Gomes de Lima – [email protected]m

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