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Guia para Gestores de Escolas

Projeto de vida sim, de norte não!

Estamos diante de um momento fascinante da história, em que nossa realidade foi chacoalhada e a vida nos obrigou a nos reinventarmos em praticamente toda nossa forma de viver, conviver, estudar e trabalhar.

Há momentos em que o que importa é o que queremos na vida, e como nos ensina Viktor Frankl, criador da Logoterapia, ciência destinada a auxiliar pessoas a encontrarem seu sentido de vida, há horas em que o que importa de verdade é ouvir o que a vida quer de nós. Ele, sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, passou momentos dos mais tormentosos por anos de sua vida e é um ser humano que provou que aquela máxima de que nós só damos o que temos é apenas parte da verdade.

Pensar assim, com protagonismo sobre o por vir pode trazer alguma angústia sim. Pois quanto maior a nossa liberdade, maior nossa responsabilidade. É aí que Jean-Paul Sartre nos ajuda com sua máxima de que o Ser Humano está condenado a ser livre. Delicioso paradoxo. Condenação parece algo pesado, mas pode ser entendido também como um destino, como algo que faz parte da natureza, como a morte por exemplo. Pensar sobre ela pode nos assombrar, mas pode também nos ajudar a identificar o que verdadeiramente vale na vida.

Um olhar superficial nos meios de comunicação e nas redes sociais pode obnubilar nossa mente, ofuscando-a com a ideia de que os novos tempos serão terríveis, que o mundo hoje é um caos e que então nada faz sentido, a vida não tem valor, estudar não vale a pena e se automutilar ou mesmo tirar a própria vida passa a ser uma opção. Não. Não. Não podemos nos esquivar desta nossa reponsabilidade como adultos, como professores e líderes diante dos nossos alunos. Somos pessoas potencialmente inspiradoras, ou “piradoras”. Nossas palavras e gestos podem fazer uma enorme diferença junto aos nossos alunos.

Nós, junto aos alunos e às famílias somos os curadores e impactamos notavelmente suas “verdades”. Pesquisas feitas pela Teenager Assessoria Profissional com o jornalista Marcos Brogna apontam, por exemplo, que os alunos confiam em seus professores em nada menos do que 30% e nas famílias da mesma forma, ou seja, mesmo que muitas vezes eles mesmos não reconheçam, os alunos precisam deste elo entre os adultos que os formam para delinear seus projetos de vida.

Sejamos mais cuidados com a realidade que consumimos. Sejamos mais diligentes com o porvir que estamos formando a cada dia com a nossa história. O futuro não está pronto, ninguém está garantido, e muito menos condenado a nada na vida, pois o destino é lapidado a cada momento pelas atitudes que temos diante da vida.

Quando não podemos escolher nossas dores, podemos ainda assim escolher nossa ação diante delas. Se o mundo hoje padece, sejamos nós a boa notícia do dia, inspiremos nós os alunos.

E você, o que poderia fazer hoje para sair da lente neurótica, a lente (ótica) que está voltada à neura, ao pessimismo, a uma postura que projeta a morte em todos os seus sentidos: passividade, tédio, desmotivação e adotar uma lente empreendedora? Neste momento, o chamado da vida é pela esperança, que de mãos dadas com a atitude gera sonhos possíveis. Sonhemos. E sejamos nós os agentes do nosso destino, os capitães da nossa alma e dos novos tempos.

Boa sorte, sucesso e felicidade, que tenhamos a altitude mental e de alma para sermos os protagonistas de uma escola que acredita e se dedica a construir projetos de vida, com vida e para a vida.

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