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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Biblioteca Escolar: A universalização sob um novo modelo

Matéria publicada na edição 72 | Outubro 2011 – ver na edição online

Pouco mais de um ano após a promulgação da Lei Federal 12.244/2010, em 24 de maio, determinando que em uma década as escolas de educação básica implantem sua biblioteca, as instituições parecem ainda pouco empenhadas em torno do assunto. As mudanças têm sido lentas, observa Rosana Telles, coordenadora da Comissão de Educação do Conselho Regional de Biblioteconomia da 8ª Região (CRB – 8), em São Paulo. A lei é sucinta e faz uma única exigência adicional às escolas: que elas disponibilizem um acervo com pelo menos um exemplar por estudante. É pouco. O CRB – 8 desencadeou, principalmente nos últimos dois anos, várias iniciativas no sentido de disseminar um novo conceito para as bibliotecas, baseado no documento “Standards for the 21st Century Learner”, da Associação Americana de Bibliotecários Escolares (American Association of School Librarians – AASL).

“Chega de contar historinhas para crianças. É preciso torná-las capazes de ler, entender, buscar, avaliar e transformar essa experiência em nova informação e conhecimento”, defende Rosana. Para tanto, a biblioteca deve se transformar em um espaço para estudo individual e em grupo, pesquisas on-line, leitura, reuniões, eventos, uso de recursos audiovisuais e exposições de trabalhos dos alunos, descreve. “Tradicionalmente reconhecida como o espaço da leitura por excelência, a biblioteca precisa ir além de ações meramente voltadas ao incentivo à leitura para desempenhar plenamente sua função”, pontua documento do CRB – 8.

O Conselho lançou dois projetos desde 2009, visando ao compartilhamento de experiências entre as escolas. Um deles é o “Projeto Biblioteca – Vitrine: uma parceria para ser vista”, que pretende mapear o perfil das bibliotecas escolares em São Paulo. Outro é a série de “Encontros Sobre Biblioteca Escolar”, um workshop gratuito realizado periodicamente na sede do CRB – 8, na Vila Mariana, em São Paulo, com vistas a “disseminar o novo modelo entre bibliotecários, professores, diretores, coordenadores e estudantes de Biblioteconomia e Pedagogia”. O encontro mais recente aconteceu no dia 1º deste mês.

A bibliotecária Dilza Gonçalves de Araújo, responsável pela área no Colégio Stance Dual, situado no centro de São Paulo, participa dos encontros do CRB -8 e destaca que este novo conceito de biblioteca escolar demanda “uma parceria fundamental com o professor”. No Stance, a biblioteca atua como ambiente para atividades como contação de histórias, rodas de leitura, pesquisas semanais com horários pré-agendados para os estudantes do 9º ano realizarem seus trabalhos de conclusão de curso, entre outros. A bibliotecária e sua auxiliar oferecem suporte aos docentes com recursos às suas aulas, projetos e pesquisas.

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DILZA GONÇALVES DE ARAÚJO
[email protected]

ROSANA TELLES
[email protected] 

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