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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Feira de livros

Matéria publicada na edição 41 | Setembro 2008 – ver na edição online 

 Um encontro com a leitura

Marina Macruz de Oliveira Rugna tem oito anos, está na  série e gosta de ler. Desde o Maternal ela participa das feiras de livros onde estuda, no Colégio Sion, na região central de São Paulo. Nesses eventos, a menina e os coleguinhas sempre preparam algum trabalho relacionado aos livros para mostrar aos visitantes – principalmente, para os pais. “Fazemos algumas atividades e brincadeiras para a exposição. Este ano, fizemos um cartão com o tema de um livro. Com a história de outro, montamos uma boneca com palitinhos nas mesas. É tudo muito legal. Compro alguns livros, mas gosto mais das atividades”, diz Marina.

“As feiras de livros estimulam a formação de mais leitores, porque o contato visual é muito importante. E ainda quando a criança manuseia o livro, sente mais vontade de ler”, conta Rosa Filomena Ignarro, orientadora do Colégio Sion. Este ano foi a sexta edição do evento, que tem duração de uma semana, sendo que a livraria é montada por dois dias. Os alunos participam de atividades como palestras, diversas oficinas, como por exemplo, o “pronto-socorro do livro”, em que exemplares usados – descolados, sem capa ou rasgados – são trazidos de casa, reformulados e doados para a biblioteca da escola. Além disso, eles ainda podem mostrar criatividade na exposição das salas de aula. “Cada turma escolhe um tema e expõe o trabalho durante a feira. Eles gostam muito e chamam os pais para conferir o que fizeram”, explica Rosa.

Para trazer oficinas e escritores, o Sion contrata a livraria Casa de Livros. A empresa é responsável pela montagem e venda das publicações na escola. De acordo com Maria Angela Aranha, uma das fundadoras da Casa de Livros, é nas feiras, por exemplo, que o conteúdo aprendido em sala faz sentido para o aluno. “Ao fazer um evento desses, primeiro é importante saber o projeto pedagógico desenvolvido pela escola, para que aquele evento seja mais um momento de continuidade do trabalho”, afirma Maria Angela. E completa: “Também levamos livros para professores e para os adultos que visitam a feira.”

Mas, as escolas também podem organizar as próprias feiras. O Colégio Miguel de Cervantes, localizado na zona sul da capital, tem uma das maiores e mais tradicionais feiras da cidade, realizada há 25 anos com organização própria. O evento dura três dias, com entrada gratuita, é aberto ao público e leva, pelo menos, seis meses para ser organizado. “De início, fazemos uma triagem, separamos os livros, fazemos a leitura. Então, passamos para os coordenadores das áreas. Depois da seleção, fazemos os contatos com os autores e realizamos algumas parcerias com editoras”, lembra a bibliotecária Glória Jauhar.

Este ano, a feira do Cervantes contou com a participação de 31 editoras e com a presença de mais de 30 autores, entre escritores e ilustradores, além de oficinas como contação de histórias, baseadas nos livros adotados pelos professores. “O principal é a presença do autor. Por isso, temos a atenção voltada também para autores espanhóis e hispano-americanos, porque a escola é bilíngüe. Eles fazem palestras e sessões de autógrafos. Além disso, até antecipamos alguns lançamentos. A intenção é estimular a leitura desde o Ensino Infantil até o Médio”, conclui Glória.

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