fbpx
Guia para Gestores de Escolas

Dica — Formação Superior em Processos Escolares: curso de tecnologia pretende qualificar agente

Matéria publicada na edição 74 | Dezembro 2011 – ver na edição online

Por Tainá Damaceno 

A falta de formação específica tem sido grande entrave para os agentes de apoio dos estabelecimentos de ensino, problema que o Ministério da Educação propôs resolver com a criação do Curso Superior de Tecnologia em Processos Escolares, através da Portaria 72/2010, publicada em maio do ano passado. A carreira foi inserida no Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, por reivindicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

A nova carreira existe em resposta à alta demanda do mercado, principalmente nas escolas particulares de educação básica, observa Allan Kozlakowski, coordenador do respectivo curso nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), de São Paulo. Segundo ele, percebeu-se uma movimentação e um interesse em qualificar gestores e profissionais de atendimento e registros nas escolas, o que levou à autorização do curso pelo MEC.

A formação superior em Processos Escolares vive momento ainda embrionário, de estudo e aperfeiçoamento, comenta o professor Nonato Assis de Miranda, coordenador do curso na UNIP (Universidade Paulista). “É uma novidade, as poucas universidades que oferecem a formação superior em Processos Escolares, como a Paulista, são pioneiras e passaram a incluí-la no calendário do primeiro semestre deste ano”, diz. Outras grandes instituições de ensino, como a Anhanguera, ainda não disponibilizam o curso.

Com carga horária mínima de 2.400 horas e período de dois anos e seis meses, o curso pretende qualificar profissionais para lidar com os processos de planejamento, coordenação, controle e operacionalização das atividades de apoio pedagógico e administrativo no âmbito de espaços educativos (portarias, laboratórios, almoxarifados, secretarias, jardins, cantinas, brinquedotecas, bibliotecas e instalações esportivas). O tecnólogo em processos escolares poderá atuar em escolas de educação básica (públicas e privadas), em organizações não governamentais e órgãos públicos do sistema de ensino. “Ele será um profissional de apoio de diversas áreas específicas no cenário da educação”, define Miranda.

Para Neide Noffs, diretora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em São Paulo (que ainda não oferece a modalidade), o tecnólogo “terá uma visão interdisciplinar, não isolada do processo, com a oportunidade de desempenhar atividades articuladas, e será parceiro dos profissionais que já atuam no cargo de supervisão nos estabelecimentos de ensino. Uma formação específica como essa, que envolve fluxos organizacionais e desenvolvimentos de ações intra e extraescolares, não é de hoje que se faz”, enfatiza. Já a assessora pedagógica Marlene Schneider, do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), afirma que a nova carreira formará “especialistas que poderão interagir com maior competência no ambiente escolar”.

Saiba mais

Allan Kozlakowski
[email protected] 

Marlene Schneider
[email protected]

Neide Noffs
[email protected]

Nonato Assis de Miranda
[email protected]

 

Receba nossas matérias no seu e-mail


    Relacionados