Dica — Laboratórios
Matéria publicada na edição 35 |Fevereiro 2008 – ver na edição online
Uma experiência e tanto
O projeto dos laboratórios de química, física e biologia deve ser entregue a uma empresa especializada, já que há normas técnicas de segurança a serem obedecidas na montagem desses espaços. No entanto, a manutenção pode ser feita por profissionais de nível técnico, supervisionados por professores. Um bom laboratório deve permitir a observação de fenômenos, o levantamento de hipóteses e a discussão de resultados.
O trabalho experimental é essêncial para os cursos de ciências, no Ensino Fundamental, e de química, física e biologia, no Ensino Médio. “Antigamente, o laboratório servia apenas como apoio ao professor, e tinha a função de comprovação da teoria dada em sala de aula. Hoje em dia, ele serve como investigação”, lembra a professora Sandra Tonidandel, coordenadora do Departamento de Ciências da Natureza do Colégio Dante Alighieri, localizado no bairro Cerqueira César, em São Paulo, que possui quatro laboratórios.
“O técnico de laboratório é indispensável para o bom andamento das atividades experimentais, já que além de manter os equipamentos e estoques em dia, testa as atividades, prepara, monta e desmonta os experimentos e auxilia o professor na condução das atividades e monitoramento dos alunos”, ensina Maria Soledad Más Gandini, Orientadora Educacional do Ensino Médio do Colégio Santa Maria, em Interlagos, que conta com três laboratórios.
A infra-estrutura é composta, basicamente, por instalações elétricas, encanamentos de água e gás adequados, bancadas, mais vidraria e reagentes. Os principais equipamentos são balança e bicos de bunsen, que são usados em todos os laboratórios, além de microscópios, para as aulas de biologia, e voltímetros, para as de física. Aquecedores, geladeiras, montagem para pilhas, cronômetros, consumíveis (terras, plantas, animais e órgãos), museu de biologia e estufa também fazem parte dos laboratórios.
O uso do laboratório envolve uma série de cuidados em relação à segurança, pois há risco de ingestão, manipulação e aspiração de substâncias tóxicas, sendo que algumas podem causar queimaduras, tonturas e desmaios. O uso do fogo traz risco de incêndio e de explosões. O perigo também pode estar nos objetos cortantes como vidraria, bisturis e lâminas.
“O acesso ao estoque de reagentes deve ser restrito aos técnicos de laboratório, treinados pela CIPA. As estantes, onde esses produtos ficam guardados, devem ser fixadas na parede. Também é necessária uma ventilação forçada de modo a retirar do ambiente os gases eventualmente liberados”, orienta Margarete da Penha Sevilha, professora de ciências do Colégio São Luiz, no bairro Cerqueira César, na capital paulista. Segundo ela, os laboratórios também devem permitir acesso fácil ao controle da rede elétrica e do suprimento de gás, sensor de fumaça, lava-olhos e chuveiro de emergência. Nos três colégios que participaram desta reportagem, os alunos só têm acesso aos laboratórios acompanhados de professores e dos auxiliares.