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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Pára-raios

Matéria publicada na edição 43 | Novembro 2008 – ver na matéria online 

Segurança a toda a prova

Um estudo realizado no início deste ano, pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), revelou que a região Sudeste é a mais atingida pelos raios. Somente na primeira quinzena de janeiro de 2008 foram 159,9 mil descargas elétricas – um aumento de 51% em relação ao mesmo período do ano passado. O número assusta, já que qualquer lugar pode ser atingido, inclusive as escolas. Por isso, as instituições devem ter atenção redobrada e a primeira iniciativa é instalar um pára-raios.

Ao contrário do que muitos pensam, os pára-raios não evitam que as descargas elétricas caiam em determinado local. Também é lenda a idéia de que os equipamentos atraem os raios. “O pára-raios  proporciona um caminho seguro para a corrente elétrica que, mesmo atingindo a edificação, é direcionada ao solo”, explica Evandro Ferraz, engenheiro do INPE. Ele alerta para o risco de incidência nas escolas, locais em que, por dia, circulam muitas pessoas, entre elas, crianças. “Se um raio cair na edificação, pode provocar princípio de incêndio, além de causar até choques nas pessoas”, destaca.

O Colégio Domus Sapientiae conta com sistema de pára-raios nas suas duas unidades, localizadas no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. A gerente administrativa Maria Iocca considera de extrema importância a preocupação com a segurança dos alunos. “Temos uma equipe de  manutenção interna, que sempre está atenta. Assim, a qualquer sinal de problemas, chamamos a empresa especializada”, lembra. A cada seis meses, geralmente em janeiro e julho, a escola conta com um serviço de manutenção preventiva. “A equipe da empresa faz um laudo das condições do aparelho, de acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”, diz.

Já a Escola de Educação infantil Materna, de Santo André (SP), conta com pára-raios desde que o colégio foi construído, em 2004. O sistema utilizado é o Gaiola de Faraday, método em que a corrente elétrica é distribuída em uma rede metálica de cobre, em torno do prédio da escola. “Contratamos a mesma empresa que instalou o equipamento para a manutenção, que é feita uma vez por ano”, afirma Adriane Imbroisi, diretora da escola. Ela recomenda cuidados na escolha da empresa. “É importante ter um engenheiro responsável, com registro no CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), além de possuir a documentação correta”, completa.

Já o engenheiro e diretor técnico de uma empresa especializada em pára-raios, Normando Alves, afirma que os colégios exigem um nível alto de proteção. “Tanto as escolas pequenas quanto as grandes devem se conscientizar. Ter um pára-raios e mantê-lo de forma adequada não é um custo, mas sim um investimento”, finaliza. 

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