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Guia para Gestores de Escolas

Dicas — Prevenção de Doenças, Produtos Antissépticos e Procedimentos de Higiene

Matéria publicada na edição 57 | Abril 2010 – ver na edição online

Gripe suína volta a exigir atenção mas cuidados evitam outras doenças.

Por Rosali Figueiredo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) manteve o alerta de pandemia em torno da gripe suína, em decisão anunciada no final de março. Segundo a OMS, a proximidade do inverno nos países do Hemisfério Sul traz riscos de aumento da transmissão do vírus influenza A (H1N1), fato que deve levar as escolas a manterem os mesmos procedimentos de prevenção adotados em agosto do ano passado. A Escola Graduada (Americana), localizada no bairro do Morumbi, zona Sul de São Paulo, afixou aparelhos tipo dispenser nos corredores, contendo álcool em gel, disponibilizou recipientes com o produto nas salas de aula, substituiu os bebedouros tradicionais por galões de água e copos descartáveis e instalou lavatórios nos pátios, afirma Neusa Bueno, supervisora de limpeza da instituição.

Segundo a enfermeira Vanessa Grandin, professora de um curso técnico na área e pós-graduada em urgência e emergência, a utilização de álcool em gel e demais produtos antissépticos no ambiente escolar ajuda a prevenir a transmissão de doenças. Há, no entanto, outros procedimentos básicos que devem ser adotados por todos, não somente nas escolas: “lavar as mãos frequentemente, evitar locais onde haja aglomeração de pessoas sem ventilação adequada, ter uma hidratação adequada, limpar secreções nasais e fazer a detecção e o tratamento precoce das afecções mais comuns no inverno”.

No caso do álcool em gel, Vanessa ressalva que o produto atua sobre a “eliminação das bactérias que estão nas mãos, mas não as protege de novas contaminações”. Assim, o ideal é aplicá-lo sempre que as mãos ficarem sujas ou contaminadas – “após espirrar, por exemplo”. Entretanto, a enfermeira aconselha, quando possível, substituí-lo pela higienização com água corrente e sabonete, “de preferência de glicerina”. O uso contínuo do produto pode ressecar a pele, observa Vanessa, “mesmo quando o produto tiver hidratante”. Na Escola Graduada, a supervisora Neusa Bueno lembra que o álcool é utilizado diariamente na limpeza das maçanetas das portas e corrimãos das escadas. Comandando uma equipe de 40 funcionários, que trabalham em quatro turnos, Neusa destaca ainda que os mais de cem sanitários da Escola passam por seis manutenções diárias (com o uso de cloro e desodorizador), além de duas lavagens completas semanais. A área da Educação Infantil recebe, por sua vez, uma atenção especial, com a limpeza diária e “minuciosa” (em álcool) de todos os brinquedos.

Segundo a enfermeira Vanessa Grandin, os cuidados auxiliam no combate a outras manifestações comuns no inverno, como os resfriados, outros tipos de gripes, além de “alergias, rinite, faringite, laringite, pneumonia, asma e meningite”. No verão, quando há grande incidência de doenças causadas pelo rotavírus e Hepatite A, os procedimentos mudam um pouco. “Esses casos aumentam no período porque as pessoas passam a ter mais contato com água contaminada”, observa. “Como o vírus – tanto da Hepatite A como do Rotavírus – é transmitido por via oral-fecal, a melhor forma de prevenir é lavar as mãos ao sair do banheiro, cozinhar bem os alimentos, lavar as tampas das latas e garrafas de plástico antes do consumo e procurar beber apenas água filtrada, clorada ou fervida”, diz.

Em qualquer período e local, entretanto, a enfermeira alerta sobre a necessidade de se “buscar auxílio médico para o diagnóstico de situações graves e orientação da medicação adequada”.

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Vanessa Grandin
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