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Guia para Gestores de Escolas

Ensino bilíngue segue em ascensão no país

Por Rafael Pinheiro / Fotos Divulgação

O ensino bilíngue é uma realidade e, na atualidade, a busca por instituições de ensino que disponibilizam um segundo idioma em sua metodologia pedagógica, cresce a cada dia. A Organização das Escolas Bilíngues de São Paulo (OEBI) estima que existem, no Brasil, aproximadamente 200 estabelecimentos deste tipo e a tendência é de que mais instituições inaugurem unidades no país. Uma pesquisa divulgada pela Universidade de York, no Canadá, constatou que os pequenos bilíngues, ao chegar à alfabetização, compreendem melhor as estruturas da linguagem e têm maior concentração.

Beto Silveira, fundador do Colégio Bilíngue Brasil Canadá

Para conhecer um pouco mais sobre essa tendência educacional em ascensão, conversamos com Beto Silveira, fundador do Colégio Bilíngue Brasil Canadá – uma rede de colégios bilíngues que oferece a implantação do bilinguismo às escolas, além de outras soluções educacionais para aumentar a eficiência, rentabilidade e competitividade no mercado. Confira abaixo a entrevista:

Direcional Escolas: Com um panorama globalizado e mudanças socioculturais, você acredita que teve um aumento na procura por escolas que ofereçam um programa/ensino bilíngue?

Beto Silveira: Quando fundei o Brasil Canadá, há 18 anos, já pensava nisso. Hoje vemos um mundo cada vez mais globalizado e conectado, em que o acesso à informação em qualquer idioma é mais fácil. Essa demanda e as mudanças na educação levaram o bilinguismo para dentro das escolas, tornando-se praticamente um pré-requisito.

Direcional Escolas: Quais são as principais vantagens, sob sua ótica, das escolas bilíngues?

Beto Silveira: Seja para o mercado de trabalho ou para fazer um intercâmbio, por exemplo, o aluno sai com uma grande vantagem em relação às escolas tradicionais. Há também toda a questão do desenvolvimento da criança. Estudos científicos apontam que o bilinguismo ajuda na memória e na atenção. Além disso, os bilíngues são capazes de trabalhar melhor em situações de tomada de decisão e em situações de distração, segundo pesquisas. Só para citar um exemplo, uma ex-aluna do Brasil Canadá prestou uma prova para um summer camp na Nasa e passou. Um dos pré-requisitos era falar inglês fluentemente.

Direcional Escolas: Quais são os principais caminhos para estruturar uma escola bilíngue? Como implantar esse programa bilíngue?

Beto Silveira: É um processo que estamos desenvolvendo há um tempo. No Brasil há uma escassez de profissionais bilíngues para a área de educação. Mas dentro do que desenvolvemos também temos como preparar esse profissional. Além de uma universidade corporativa, temos no nosso processo a orientação de diretores e coordenadores de escolas para que passem esse conhecimento adiante e adequem seus profissionais.

Direcional Escolas: Pensando em gestão, quais os desafios em converter um ensino regular em bilíngue? Pode ser encarado como uma implementação lucrativa? 

Beto Silveira: Quem converter sua escola em bilíngue vai estar um passo a frente da escola concorrente. Os grandes grupos de educação estão entrando no mercado e o foco deles são as escolas bilíngues. A instituição que se tornar bilíngue vai ganhar aluno de quem não é, ainda mais no nosso método, em que a escola paga apenas R$ 119  por aluno para fazer essa conversão.

Direcional Escolas: Como localizar um sistema de ensino bilíngue nesse processo e adaptá-lo ao fluxo do colégio?

Beto Silveira: O Brasil Canadá faz parte da OEBi (Organização das Escolas Bilíngues). Temos um estatuto, que bate com o da OEBi e outros dois: de Santa Catarina e Rio de Janeiro. Eles regulamentam a educação infantil com 75% do conteúdo em inglês; o fundamental I com um terço; dois terços no fundamental II e um quarto no ensino médio. Menos do que isso não consideramos que um sistema de ensino bilíngue pode ser eficiente.

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