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Guia para Gestores de Escolas

Dica — Instalações Elétricas: Critérios para uma reforma eficaz

Matéria publicada na edição 71 | Setembro 2011 – ver na edição online

A expansão das tecnologias da informação na área administrativa e didática das escolas tem promovido aumento na demanda de energia, o que, aliado ao desgaste de muitas redes antigas, vem exigindo reformas nas instalações elétricas. Mas é necessário estar atento a critérios que envolvem planejamento e deem segurança e qualidade a essas intervenções, aponta o engenheiro Edson Martinho, diretor executivo da Associação Brasileira de Conscientização para o Perigo da Eletricidade (Abracopel).

O primeiro passo para uma reforma eficaz está na elaboração de um laudo detalhado da situação atual das instalações, o qual deve ser realizado por profissional habilitado (engenheiro ou técnico), capaz de identificar eventuais discrepâncias entre a capacidade instalada e a demanda. “De posse do laudo, é feito um projeto elétrico, que apontará as modificações e adequações necessárias a uma instalação segura. Ele irá recalcular sua capacidade para a realidade atual. Em alguns casos, poderá aumentar a seção dos fios, mas em outros, não. Ainda pode ser necessário aumento de circuitos e tomadas, além da instalação de dispositivos de proteção, mas isso será detectado apenas com uma avaliação”, afirma o engenheiro.

Segundo Martinho, somente depois desta etapa entra a contratação do técnico que executará os trabalhos. E mesmo depois de tudo pronto, é necessário que outro profissional promova, periodicamente, testes em toda a reforma e verifique se as novas redes não apresentam riscos ao ambiente. A princípio, não existe um período mínimo para a revisão, no entanto, o mais recomendado é que aconteça a cada cinco anos, defende Martinho.

Sustentabilidade

O sonho de muitos diretores é tornar a escola sustentável no consumo de insumos como água e energia. Para o engenheiro Newton Figueiredo, que desenvolve projetos na área, uma das opções é apostar mais na iluminação natural. “É muito comum estarmos em casa ou no trabalho com persianas arriadas e luzes acesas, nos privando do bem-estar proporcionado pela luz natural e consumindo, na maioria das vezes e, desnecessariamente, energia elétrica”, diz. Desta forma, o engenheiro sugere aos mantenedores aproveitar o momento das reformas e observar onde é possível adotar um projeto mais sustentável. É comum haver lâmpadas em excesso, aponta Figueiredo, o que poderia ser racionalizado ao se aproveitar mais a luz solar.

O engenheiro afirma ainda que é necessário treinar, trimestralmente, a equipe de operação e manutenção para garantir otimização no cuidado com os sistemas e, no caso de novas aquisições, dar preferência aos equipamentos de baixo consumo. “Isso pode gerar menos impacto nos custos e no planeta.” Também é recomendada a instalação de lâmpadas eficientes e sensores de presença em locais não permanentemente ocupados, como corredores, escadas de incêndio e garagens. Afinal, escolas sustentáveis propiciam resultados de ensino de alto desempenho, proporcionam conforto termoacústico e geram lucro para os mantenedores, finaliza Newton Figueiredo. (Com reportagem de Rafael Lima)

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EDSON MARTINHO
[email protected]

NEWTON FIGUEIREDO
www.gruposustentax.com.br

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