Dica — Educação Alimentar e Saúde: a contribuição dos Nutricionistas
Dicas para Diretores de Escolas
Matéria publicada na edição 90 | Agosto 2013 – ver na edição online
O consumo de alimentos ricos em calorias e com baixo valor nutricional está transformando negativamente os hábitos alimentares de crianças e adolescentes no País. Preocupadas, as escolas mobilizam-se “em garantir o equilíbrio nutricional com alimentos de qualidade e orientação aos professores, alunos e pais”, afirma a nutricionista Mariana Imbelloni, que atua em instituições da Baixada Santista, litoral de São Paulo.
“A educação alimentar ocupa um espaço cada vez maior no eixo pedagógico”, ressalta, por sua vez, Fabiana Borrego, nutricionista e consultora na área. Por isso, a função do nutricionista no ambiente escolar deve ir além da produção de um cardápio elaborado, orientam as especialistas. Esse profissional deve assegurar a compra de alimentos de fornecedores idôneos; cuidar do armazenamento conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); ficar atento ao preparo; observar a temperatura do alimento servido; supervisionar as instalações físicas; e sugerir modificações necessárias nessa estrutura. Fabiana Borrego recomenda ainda que o alimento seja apresentado “de forma apetitosa, fator de grande importância para que os alunos se sintam atraídos pela refeição.”
Finalmente, sempre pautados nas regras da Vigilância Sanitária em âmbito municipal, estadual e federal, os nutricionistas devem elaborar um manual de boas práticas em consonância com a filosofia da escola. Mariana Imbelloni lembra que o manual precisa incluir, no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários da estrutura física; manutenção e higienização das instalações, equipamentos e utensílios; controle da água; requisitos de higiene e saúde na manipulação da refeição e no manejo dos resíduos; e o controle do alimento preparado. A educação alimentar envolve simultaneamente, na opinião de Imbelloni, o aspecto nutricional, higiênico, social e cultural.
O Colégio Santa Amália, com unidades localizadas na zona Sul e Leste de São Paulo, desenvolve, por exemplo, desde 2011, amplo programa de educação e saúde alimentar, com produção local de lanches para o Ensino Infantil e o 1º ano do Fundamental, além de oficinas pedagógicas. Já na Escola do Futuro, na zona Oeste de São Paulo, a nutricionista Mariana Melo planeja cardápios, gerencia a preparação de refeições e responde pelo programa Eat, Learn and Live, onde desenvolve um trabalho de educação alimentar baseado na conscientização ambiental.
Por Tainá Damaceno
Saiba+
Fabiana Borrego
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Mariana Imbelloni
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Mariana Melo
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