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Guia para Gestores de Escolas

Respire, inspire-se e busque sua melhor versão

Por Leo Fraiman

Cuidar da saúde mental e das competências socioemocionais são ações fundamentais na reta final de preparação para os vestibulares e o ENEM

Quem nunca ficou apreensivo diante de um grande desafio? Ainda mais se este desafio forem os exames vestibulares ou o Enem? Os medos são grandes: e se todo o conteúdo estudado ao longo dos meses – e que estava na ponta da língua – simplesmente desaparecer, dando um branco completo na mente na hora da prova? Será que estou escolhendo a profissão certa? E o dilema entre estudar mais um pouco, passear e descansar – ou até dormir?

A fase de preparação para os vestibulares e ENEM, que entra na reta final, envolve muitas dúvidas e desafios gigantes. Por isso, gestores, educadores e familiares devem acolher e conversar com os estudantes, além de oferecer materiais de apoio, voltados para a educação socioemocional, que contenham ferramentas para trabalhar com a saúde mental, física e intelectual, com seriedade e leveza. Buscar inspirar os jovens para que eles busquem a melhor versão deles mesmos e que se tornem pessoas que façam a diferença no mundo.

Para o estudante, no lugar de temer o que vem pela frente, o convite é tomar o futuro nas mãos de maneira protagonista e com atitude empreendedora. É importante organizar um dia a dia baseado num “Pensar, Sentir e Agir” que nos direcione ao próximo passo/nível, para ir além.

Gostaria de trazer algumas dicas que preparei para a FTD Educação na websérie “Respire, Inspire-se e Clique Aqui”, e que fazem parte do Prepara, um programa digital com recursos impressos que apoia os estudantes para a realização dos principais vestibulares do país. Por meio de situações que todo jovem que se prepara para as provas e o Enem vivenciam, o Prepara cria um momento de reflexão e de planejamento indicado para estudantes e suas famílias, para terem um direcionamento para essa fase de estresse, com suporte para seguir no rumo certo.

Ih, esqueci tudo  

Dar branco na hora da prova, esquecer tudo o que estudou no meio do vestibular… são temores comuns de muitos estudantes e que merecem atenção e cuidado. Nessas situações, a ansiedade e o estresse estão falando mais alto, já que o conhecimento não desaparece de uma hora para outra. É importante manter a calma, respirar fundo e usar estratégias que possam ajudar a contornar o problema, como seguir adiante na prova e só depois, mais relaxado, voltar à questão que provocou o bloqueio. Ou buscar na memória aqueles momentos que nos conectam com o conhecimento esquecido. Pode ser a sala de aula, o professor, o caderno. Existem estudos hoje que apontam que ações simples como respirar profundamente e de forma pausada por alguns minutos, pode fazer toda a diferença na conquista do equilíbrio emocional.

O que hoje se sabe é que não há emoções positivas ou negativas. Toda emoção é um sinal que o nosso corpo emite sobre como estamos vivendo uma determinada situação de nossas vidas. Não se trata então de querer afastar o medo do fracasso ou acabar com a ansiedade. O estudante precisa aprender a perceber essas emoções, acolhê-las dentro de si, dialogar com elas e assim, percebendo como está se sentindo, superar a situação. É como andar em uma estrada que tem muita neblina. Diminuímos o passo, seguramos firme no volante e seguimos em frente. Isso é inteligência emocional. Não é simples, mas é uma tarefa fundamental para construir a confiança necessária para fazer a prova. O desafio de enfrentar bem os processos seletivos é uma grande oportunidade de mostrar do que somos capazes e como fazemos as nossas conexões cerebrais.

A mente, às vezes, mente. Alguns estudos mostram que temos cerca de 60 mil pensamentos todos os dias – e nem todos são verdadeiros. Se aprendemos a dominar estes pensamentos automáticos ou somos o piloto de nossa consciência, já estamos dando um grande passo na busca pelo sucesso.

O cérebro pode ser entendido como o projetor de um filme, que é a nossa realidade. Por que eu vou projetar no meu cineminha um filme de terror ou um drama, se posso projetar uma aventura ou um filme de superação? Você, estudante, é o dono do seu cineminha mental!

Também quando, às vezes, passar uma ideia negativa pela sua cabeça, vale se perguntar, como se estivesse conversando com alguém: Quem disse isso? Por que você está me dizendo isso? Converse com a sua cabeça como conversaria com outra pessoa, prestando solidariedade a si mesmo e se dando apoio emocional, você já se coloca para cima. A dica de ouro é: Seja o seu melhor amigo e lembre-se que a mente coloca ideias na sua cabeça que você não precisa alimentar – e quando não alimentamos uma ideia negativa, ela tende a ir embora sozinha. Por outro lado, se queremos alimentar uma ideia, que tal um pensamento de que estou preparado e quero me sair bem na prova?

Além desse cuidado com a saúde mental, a jornada rumo ao vestibular exige uma série de mudanças de atitude que preparam o jovem não só para a prova, mas para a vida adulta. É o caso do dilema constância ou intensidade. Quem está certo: quem estudou o ano inteiro, um pouco por dia, ou aquele aluno que virou todas as noites no último mês antes das provas? Nesse caso, a resposta é simples: constância, em qualquer área, é mais importante do que intensidade. Nossa rotina tem vários hábitos, como alimentação, higiene, exercícios. E a forma ideal de se preparar para os exames é, justamente, fazendo do estudo um hábito. Vencer a preguiça e criar uma rotina de estudos, com espaço para diversão (muito importante para aliviar o estresse) e quantidade adequada de sono, são passos importantes que ajudam a manter o foco e o ânimo, essenciais para cruzar a linha de chegada na corrida rumo ao Ensino Superior.

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