Somos iguais, mas temos diferenças!
Por Camila Ribeiro
O empoderamento feminino é um assunto que tem gerado grandes discussões pelo mundo afora, e não poderia ser diferente quando falamos de trabalho. Mesmo com tantas conquistas das mulheres, o machismo no meio corporativo ainda é grande, mesmo a mulher sendo um forte agente econômico.
O primeiro passo que a sociedade deve dar é enxergar que além do potencial que a mulher tem, ela precisa ser respeitada nas suas diferenças.
Por mais direitos que já conquistaram, a mulher ainda não conseguiu deixar a obrigação imposta pela sociedade de ser a responsável pela educação dos filhos e pela organização da casa. Mesmo muito já tendo avançado, é comum a mulher sentir que tem que dar conta de tudo para poder trabalhar tranquilamente, sem cobranças do marido, da família e da sociedade em geral.
Não é diferente com a mulher profissional da educação. Por isso, ela precisa de um gestor que compreenda que por mais competente que ela seja, se um filho ficar doente, é para ela que vão ligar. Não é querer que o gestor faça diferenciação no tratamento entre seus professores homens e mulheres, mas é que ele compreenda que a mulher ainda realiza a tripla função: profissional, mãe e dona de casa.
Conhecer um pouco do ritmo de vida de seus funcionários, fará que se crie um ambiente de respeito e cooperação. O gestor da escola precisa compreender que situações emergenciais poderão ocorrer, e que isso não desqualificará a profissional mulher. Isto é um processo transitório, mas que tende a diminuir ao passar dos tempos.
Ainda temos um longo caminho a percorrer para superar esta visão machista, e assim conseguir a realização plena da mulher no mercado de trabalho.
Camila Ribeiro é pedagoga, formada pela UTP (Universidade Tuiuti do Paraná), Especialista em Gestão Escolar (OPET, 2006) e Coordenação Pedagógica (UFPR, 2016). Atua como pedagoga desde 2009 no Município de Araucária, e desde o ano passado assumiu a direção da escola.