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Guia para Gestores de Escolas

Aprender a aprender: metacognição

O mundo está mudando muito rapidamente e saber se adaptar às novas situações e contextos é exigência fundamental para trilhar o próprio caminho de realização.

Nesse cenário, a metacognição é uma competência fundamental para o aluno, é a capacidade de “aprender a aprender”, ou seja, o domínio no processo de aprendizado de um conjunto de habilidades e estratégias, como: a auto-observação das suas emoções e motivações, a reflexão sobre o conteúdo que estou estudando, a concentração, a antecipação, a avaliação, a elaboração, o planejamento e monitoramento do processo e conteúdo do estudo. Essas características permitem ao aluno aprender da melhor forma, tornando-se um aluno ativo e protagonista do seu aprendizado e, consequentemente, da sua vida.

Por metacognição se entende a consciência da parte da pessoa de refletir e pensar sobre as próprias capacidades e processos emocionais e cognitivos. Quer dizer, não só temos as habilidades, mas estamos conscientes delas. Por exemplo: o aluno é chamado pelo professor para apresentar um certo tema de história, antes de ir na frente da sala, o aluno sabe se conhece essa matéria ou que precisa estudar mais.

Essa percepção, auto-observação, autoquestionamento e avaliação são as características da metacognição. Por meio dela podemos organizar, regularizar e direcionar nossos pensamentos, decisões, comportamentos e ações.

De um ponto de vista etimológico, a metacognição representa o “conhecimento do conhecimento”, “o pensamento do pensamento” (da união do prefixo grego meta-, “além”, “acima”; e cognitivo, “saber”). O conceito de metacognição só foi introduzido claramente na década de 1970, graças aos estudos de John Flavell, e representa hoje um dos aspectos mais estudados no campo da pesquisa cognitiva e da psicologia escolar.

Podemos também incluir na metacognição as ideias que as pessoas têm sobre seu próprio funcionamento mental, suas intuições, autopercepções, a capacidade de previsão, de avaliação, de planejamento e de monitoramento do estudo, da auto-apreciação e do auto-controle. 

A metacognição é definida como a consciência das estratégias utilizadas na realização de processos cognitivos, como memória, aprendizagem, atenção e elaboração de informações. Em outras palavras, os processos metacognitivos consistem em:

• monitoramento da própria aprendizagem;

• autoavaliação dos resultados;

• planejamento e execução de operações cognitivas, fazendo os ajustes necessários;

 • direcionar a atenção e fortalecer, assim, a memória;

• antecipar e prever aquela que será a própria performance.

Isso permite facilitar no aluno a capacidade de: resolver problemas; finalizar as tarefas e as atividades; alcançar os objetivos; compreender as dificuldades e encontrar soluções; identificar os erros e criar estratégias diferentes; perceber suas emoções; e encontrar motivação.

Uma forma de desenvolver a metacognição no aluno é acostumá-lo a se questionar, a se fazer perguntas:

Porque eu errei? Como poderia fazer de forma diferente? Eu preciso de mais tempo? Preciso ler mais? Para que isto que estou estudando é importante para a minha vida? Preciso de mais ajuda da professora ou do professor? Tenho dúvidas sobre o assunto? Estudei o suficiente?

Aos poucos o aluno vai aprender a se fazer sozinho essas perguntas, treinando uma auto-observação, autocorreção e autorresponsabilidade, tendo cada vez mais consciência de seus atos, sensações e pensamentos.

Hoje, a metacognição é considerada uma competência fundamental que o aluno deve possuir para desenvolver um estudo eficaz, ser capaz de otimizar o tempos, os métodos de aprendizagem, desenvolver uma autonomia de pensamento e compreensão, e uma elaboração ativa dos conteúdos. Desta forma o aluno produz uma aprendizagem mais efetiva e duradoura, e desenvolve estratégias e competências que utilizará na sua vida e na realização de seus objetivos.

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