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Guia para Gestores de Escolas

Laboratórios: Experiência imersiva

A rotina escolar agrega, através de propostas pedagógicas, uma rede diversa de teorias, práticas, experimentos e estudos que se desdobram, de certa maneira, com o intuito de formar estudantes com um olhar plural e crítico. Na atualidade, em especial, observamos cada vez mais o aparecimento de metodologias e abordagens que promovem o protagonismo, a experimentação e outras relações possíveis no extenso processo do saber.

O desenvolvimento do conhecimento, compartilhado em experiências peculiares e coletivas, reflete sua importância em aulas diversificadas, sobretudo na oportunidade de expressar o aprendizado na prática. Assim, a criação de laboratórios nas escolas a fim de experienciar na prática conceitos teóricos, estabelece um aperfeiçoamento privilegiado na formação de cada aluno/a, além de potencializar um ambiente agradável e estimular a adoção de metodologias ativas no campo do conhecimento.

Eduardo Moraes Araújo, professor dos cursos de Química, Física e Matemática na Uninter, nos lembra que o Plano Nacional de Educação, instituído pela Lei nº 10.172 de 2001, já contempla metas para instalação de laboratórios de Ciências nas escolas de Ensino Médio, ou seja, disponibilizar um laboratório no interior das instituições de ensino é uma obrigação.

“Em relação ao processo de ensino e aprendizado propriamente dito, a importância do laboratório é a melhoria da qualidade no ensino de Ciências, pois já existe diversos estudos científicos que demostram que a educação na prática é mais eficiente que a educação baseada em apenas teoria, principalmente na área de Química, pois a prática tem o potencial de dar significado ao que está sendo ensinado”, reflete o docente.

O professor chama a atenção para alguns aspectos que podem reforçar a importância em estimular a presença dos estudantes nos laboratórios, como: a visualização da ocorrência de um fenômeno científico por parte dos alunos; e, como consequência, o aumento do interesse por parte dos discentes; além da inserção do aluno na metodologia científica: observação – elaboração de hipóteses – verificação através dos experimentos.

“Nesse contexto, se desenvolve a utilização de metodologias ativas em sala de aula, que torna o aluno participante do processo de ensino e aprendizado, e não apenas um mero ouvinte. Quando o aluno se torna participativo, ele se torna mais crítico, e sente-se mais desafiado, e motivado a buscar cada vez mais conhecimento para responder as suas questões levantadas inicialmente e a comprovar ou não suas teorias”, destaca Araújo.

Para os/as gestores/as que desejam incluir laboratórios nas instituições, o docente é enfático: a primeira dica é que tirem do papel o planejamento de incluir laboratórios nas escolas, já que muitos/as gestores/as sentem a necessidade dos laboratórios, mas não conseguem avançar na construção pelos altos custos; “pensando nos custos, outra dica seria a possibilidade de montar um laboratório com materiais alternativos de baixo custo, que, inclusive, pode ser pensando em ser montado pelos próprios estudantes, o que já engajaria ainda mais esses discentes. Caso a instituição tenha condições financeiras adequadas, deverá investir em equipamentos profissionais”, finaliza. (RP)

Saiba mais:
Eduardo Moraes Araújo – [email protected]

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