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Guia para Gestores de Escolas

Mobiliário: Montessoriano

A estrutura física, com os seus componentes e as suas características, carrega em seu interior espaços de socialização, ambientes diferenciados que trabalham a aprendizagem sob vários aspectos, além de mobiliários que auxiliam, de acordo com cada faixa etária, outras relações com o aprendizado. Assim, podemos afirmar que os componentes da estrutura escolar influenciam diretamente no bem-estar físico, psicológico e de acolhimento que cada instituição oferece cotidianamente.

Nas últimas décadas, em especial, observamos o crescimento de uma pluralidade de métodos e metodologias que atualizam e (re)estruturam as bases educacionais. Um exemplo concreto é o método Montessoriano, que adentra cada vez mais nas escolas, adaptando, inclusive, o mobiliário da instituição. Idealizado no século XX pela médica italiana Maria Montessori, a perspectiva pedagógica montessoriana, em resumo, privilegia a autonomia e as atividades práticas que exploram o conhecimento e o desenvolvimento máximo do estudante. Nesse sentido, o mobiliário Montessoriano é um componente fundamental para estimular os alunos para as experimentações.   

No espaço ekoa, localizado em São Paulo e que atende todo o segmento da Educação Infantil e os primeiros anos do Ensino Fundamental, os móveis da escola foram compostos segundo o método Montessoriano. De acordo com a diretora pedagógica Ana Yazbek, o espaço sempre utilizou um mobiliário que considera a ergonomia e a livre iniciativa das crianças, “sendo estes os mesmos princípios que regem a concepção do mobiliário Montessoriano, com isso, não tivemos que nos adaptar e sim compor as peças que já dispúnhamos com novas peças adquiridas”.

Segundo a diretora, os principais diferenciais dos móveis são ergonomia, ludicidade e incentivo à autonomia. “As crianças se sentem bem-vindas nos ambientes e convidadas à exploração”, diz. Questionada sobre possíveis indicações para gestores/as que pretendem adaptar o seu mobiliário, a diretora reflete sobre a compreensão geral dessa adaptação. “Penso que para além do mobiliário, as escolas precisam se ater à visão de criança como sujeitos potentes, criativos e com interesses próprios. Pessoas que querem conhecer o mundo, explorar os espaços e ambientes de múltiplas maneiras. De nada adianta uma escola se equipar de móveis que convidam à interação, se as crianças precisam cumprir tarefas mecânicas e destituídas de sentido para elas”, conclui. (RP)

Saiba mais: Ana Yazbek – [email protected]

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